quarta-feira, 4 de agosto de 2010

The Black Atlantic - Reverence For The Fallen Trees (2009)

O homem é brutal e as árvores, indefesas, seguem morrendo. Mas ainda existem seres da nossa espécie, os mais espertos e geniais diria eu, que até sentem vergonha de ser o que  são e  de fazer parte dessa tão incoerente e violenta categoria. 4 desses, certamente, encontramos no "The Black Atlantic". Os três rapazes e a moça que compõe esse acoustic- indie band, no seu debut álbum "Reverence For The Fallen Trees", de certo modo inorizam a si mesmos, além de todos os outros de nós.

Trata-se, em primeiro plano, de um apelo ecológico. Um lindíssimo e sonoro apelo ecológico! E nós sentimos esse clamar em cada faixa. Quando ouvimos os lamentos de "Baialus", por exemplo, por entre o piano frio e um coro persistente. Ou quando  os primeiros dedilhados de "Fragile Meadow" contrastam-se com os vocais doces que tão logo aparecem. Sentimos esse apelo em todos so mais de seis minutos de  "Walked On Wood", faixa essa aliás, dentre as mais poderosas do álbum. Imagine-se caminhando sobre a madeira de muitos hectáres de mata, ao chão... é triste. Porém, bonito. Essa é a marca do The Black Atlantic.

E depois da reflexão deixada pelas 8 primeiras faixas, vêm-nos a explicação do disco, na faixa que tem seu título. "Reverence For The Fallen Trees" nos dá uma bronca e ajuda a mata a pedir socorro. Em seguida, depois de depreciarmos e acordarmos, é hora de ter esperança! E é exatamente isso o que sentimos em "I Shall Cross The River": esperança. E é exatamente assim que nos sentimos, com o fim marcante e memorável desse trabalho: esperançosos.

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O Álbum:

1. "Baialus" (1:53)
2. "Fragile Meadow" (6:03)
3. "Heirloom" (5:55)
4. "On Ocean And Peril" (3:21)
5. "Old, Dim Light" (6:42)
6. "Walked On Wood" (6:07)
7. "Dandelion" (3:00)
8. "Madagascar" (4:38)
9. "Reverence For The Fallen Tress" (4:10)
10. "I Shall Cross The River" (4:11)


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